quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Momo e Jesus

“Vem pra ser feliz. Eu tô no ar, tô Globeleza. Eu tô que tô legal...”. Esta musiquinha com imagens de uma mulher nua sambando se ouviu bastante nos últimos dias. Mas será que o convite para ser feliz desse jeito faz a pessoa ficar legal? As contas no final da festa mais popular mostram que não – a maioria não está bem quando tudo volta à realidade. A prova está nos acidentes de trânsito, ressaca do álcool, brigas, violência, assassinatos, doenças sexuais, gravidez indesejada, crises no casamento e na família. A tela do plim-plim deveria ressarcir todos os que aceitaram o convite e tiveram prejuízo. Se bem que o rei Momo nunca escondeu os princípios do seu reino. Conforme a mitologia grega, ele foi expulso da terra dos deuses e se tornou príncipe dos loucos entre os humanos com uma missão: zombar. Em outras palavras, o Momo veio para fazer bulling

No meio desta loucura começou a Quaresma – festa sem brilho popular que lembra o Deus que desceu voluntariamente do céu e veio não para zombar dos humanos, mas para ser zombado e restaurar a legítima glória. Se o Momo é o rei dos loucos, diz a Bíblia que Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo, mas para os que estão sendo salvos, é poder de Deus. Na verdade, o Filho de Deus é o único espetáculo que merece estar na avenida. E os seguidores dele têm motivos de sobra para pular de alegria e aceitar o convite: Louvem o Senhor com pandeiros e danças (Salmo 150.4).

Mas antes da alegria vêm as cinzas e este tempo da Quaresma. No Carnaval é o contrário, primeiro a alegria depois a tristeza. “Cinzas” apontam para a brevidade das glórias terrenas, e simbolizam arrependimento e mudança de vida conforme a vontade de Deus. Assim, Quaresma é a oportunidade para trocar de rei – do Momo para Jesus, pois felizes são os que não se juntam com os que zombam do que é sagrado (Salmo 1).


                                                                                                                           Por: Pastor Marcos Schmidt

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O julgamento de Lindemberg

A semana foi marcada por recorrentes notícias do julgamento de Lindemberg  o réu da morte de Eloá.
Imagine você sentado no banco do réu, sendo julgado. Espero que não passe por essa situação aqui nesse mundo. Porém, no Juízo Final, direta ou indiretamente, estaremos como réus.
Como nos sentimos diante disso? Tranquilos ou atemorizados?
Segundo a Bíblia o Juízo Final não terá advogados e promotores. A acusação e a defesa acontecem somente nesse mundo, onde o Diabo nos acusa, e Jesus nos defende, conforme (1 Jo 2.1).
No Juízo Final não haverá depoimentos e interrogatórios  consistirá apenas em uma declaração, pois, Deus não precisa que os fatos sejam elucidados. Ele os conhece! Já nos conhece de outros carnavais.
Todo julgamento humano se baseia na lei, porém o Julgamento Final não terá como elemento decisivo a Lei de Deus. Caso assim o fosse, estaríamos condenados, pois ninguém é inocente diante do Senhor (Sl 130.3, 143.2).
Portanto, aqueles que morrerem apelando para a Lei, sendo egocêntricos e confiando nas suas ações, serão condenados, mas aquele que recorrer a Cristo será salvo! Não porque seja inocente, mas porque Deus prometeu justificar, isto é, tornar justo a pessoa que está em Jesus, uma vez que Jesus já sofreu a pena: Quem crê no Senhor Jesus será salvo, quem, porém não crer, será condenado (Mc 16.16). Em João 3.18 ainda lemos: Quem nele crê não é julgado, o que não crê, já está julgado porquanto não crê no nome do unigênito filho de Deus.
Todo ser humano é culpado diante de Deus, mas, Jesus veio ao mundo para tomar sobre si a culpa da humanidade.  Por essa razão, os que estão em Cristo, podem morrer e descansar em paz, na certeza da salvação. Nesse ponto de vista, o Juízo Final não possui a ansiedade da dúvida sobre os veredictos finais, que causa fascínio nos filmes e novelas e em casos reais, porém, para dar um charme especial e colocar uma pulga atrás da orelha dos arrogantes, que se acham merecedores da salvação, Jesus diz que aquele Julgamento trará suas surpresas, pois alguns que se julgavam salvos serão afastados de Deus, e justamente aqueles que humildemente olhavam para si com desdém, reconhecendo-se culpados, serão absolvidos quando recorrerem a Jesus! (Mt 7.21-23, Mt 25.37,44).
Que tipo de réu você será? Tudo depende de onde sua vida está fundamentada. Espero que esteja em Jesus. Para terminar afirmo que ninguém precisará ligar a tv para acompanhar o Juízo Final, pois estaremos todos lá! Alguns atribulados e desconsolados, outros alegres e aliviados na Paz de Deus, para sempre.
                                                                                                             Pastor Ismar Lambrecht Pinz