quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Do Luto para a Luta


Há um lamento pela morte de Kevin Douglas Beltrán Espada, torcedor morto em jogo do Corinthians contra o São José da Bolívia.
Mas como comparar o lamento dos comentaristas e esportistas com o pranto dos familiares? Como comparar uma faixa preta ao redor do braço de um jogador com o luto no coração dos pais do menino? Como comparar o prejuízo de não poder ir ao jogo do Corinthians pela Libertadores com a dor de uma mãe que não pode acordar seu filho adolescente, porque ele não vive mais?
Não existe comparação!
Tite, o treinador do Corinthians, solenemente afirmou que entregaria seu título mundial em troca da vida do menino. Compreendo que ele estava se referindo a uma grande conquista, mas igualmente não tem comparação! Essa troca proposta por Tite é impossível, não apenas porque não trará o menino de volta, mas também porque o valor do título e o valor da vida estão desnivelados – não há comparação!
Por isso, para reparar a entrada da morte no mundo, havia um só caminho e um só preço aceitável, a vida de um ser perfeito e santo, (1 Pe 1.9), sendo entregue vicariamente em favor, como moeda de troca. Foi assim que Jesus entregou sua vida, fez-se maldição em nosso lugar (Gl 3.13), sendo erguido na cruz, para que todo aquele que nele crer e se unir a Ele na aliança selada com seu sangue, tenha a vida eterna, prevalecendo assim sobre a morte. (Jo 3.15-16)
No momento em que escrevo essas palavras há um outro grupo lamentando vidas, pois completou um mês da tragédia de Santa Maria. Hoje, nessa cidade do centro do estado do Rio Grande do Sul, pessoas se reúnem novamente para lamentar, mas também para propor uma saída do “luto para a luta” – isso mesmo, do luto para a luta! Bela proposta!
Mas de onde tirar forças para essa luta, para esse caminho? Eu lhes asseguro, que o Senhor Jesus está pronto a auxiliar. Ele que lamentou e lamenta cada morte, saiu do luto e partiu para a luta quando veio ao mundo e enfrentou o Diabo e a própria morte. Ele não se desviou da batalha final na cruz. Antes lutou e venceu!
Por isso, em Jesus, poderemos encontrar forças para continuar, nele há a esperança da Vida Eterna, e por isso nele já somos mais que vencedores (Rm 8.37), podendo repetir a frase bíblica: viver é Cristo e morrer é lucro (Fp 1.21)! Quer vivamos, quer morramos, somos de Jesus! (Rm 14.8).

Pastor Ismar Lambrecht Pinz
27.02.2013
Comunidade Luterana Cristo Redentor
Pelotas, RS.

Sem tempo para mediocridades


- Isto é verdade ou isto é mentira? Complicado responder! Nos negócios, na política, na religião, nos relacionamentos, nas amizades... As informações da mídia, no entanto, são campeãs em enganação. Um exemplo é o que acontece com o poema "O valioso tempo dos maduros", de Mario de Andrade, enviado pela internet: "Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades." Logo desconfiei se era mesmo do famoso poeta de Macunaíma. Descobri que o autor é Ricardo Gondim e o título é "Tempo que foge". Ricardo Gondim é um teólogo brasileiro bem conhecido no meio religioso brasileiro.Em vários escritos ele denuncia a falsidade religiosa, sobretudo na teologia da prosperidade que promete o céu na terra.
No reflexivo poema plagiado, Gondim expressa: "Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos". Pior que é isto mesmo, perdemos muito tempo com vaidades, tudo para aparentar uma coisa que não somos. Assim, se buscarmos a verdade em tudo, vamos nos decepcionar porque boa parte das coisas são mentiras. No preço subestimado, no valor depositado, na beleza maquiada, na promessa proferida... Mas onde encontrar a verdade? Ela pode estar nos detalhes simples da vida. É por isto que somos mais autênticos nas férias quando abandonamos o indumentário dos títulos e colocamos uma bermuda e chinelos. Jesus, a Verdade em letra maiúscula, pergunta: "E será que o corpo não é mais importante do que as roupas?". No mesmo Sermão do Monte, o Salvador recomenda: "Não joguem as suas pérolas aos porcos, pois eles as pisarão". Sem dúvida, nossa vida é muito curta para as mediocridades.

Escrito pelo Pastor Marcos Schmidt
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Jesus nos cura do pecado


Uma pequena palavra dita por Jesus tinha poder sobre a natureza, sobre a doença e sobre as forças do mal. O mesmo poder e autoridade usados para criar o mundo, Jesus usou durante Seu ministério de ensino, curando os enfermos, expulsando os demônios e ressuscitando mortos.
Os muitos milagres realizados por Jesus nos fazem lembrar que vivemos em um mundo quebrado. Cada doença ou dificuldade que experimentamos é uma consequência do pecado neste mundo. E a principal consequência do pecado é a morte.
Nestes últimos dias não pudemos não pensar na morte. A tragédia ocorrida em Santa Maria fez o país inteiro se comover com a morte de mais de 230 pessoas.
Ouvi duas frases ditas a respeito deste relato e que estão erradas. A primeira coisa que ouvi foi: “Era vontade de Deus” Deus nunca desejou que a morte entrasse no mundo, muito menos que tragédias acontecessem. Foi o pecado que trouxe a morte e suas consequências.
A segunda coisa foi: O diabo matou aquelas pessoas e quis levá-las para o inferno. Outro extremo, pois, os cristãos que estavam naquela boate e que criam em Jesus seu salvador foram salvos por Ele. Não acharam a porta que dava acesso a rua, mas entraram pela porta que leva ao céu, e esta porta é Jesus.
A nossa tarefa como cristãos hoje não é achar culpados ou julgar. Mas com amor fraterno, orar para que as pessoas que perderam entes queridos sejam consoladas por Deus.
Diante das tragédias, das doenças e dos muitos males que enfrentamos na nossa jornada aqui na terra, a Bíblia sempre aponta para Jesus, pois Ele trouxe o Seu poder e autoridade para nós, a fim de desfazer o dano que o pecado tinha feito na criação. Toda doença que Ele curou, cada demônio que Ele expulsou, cada pessoa que Ele ressuscitou dos mortos era uma reversão da maldição do pecado. Toda cura era um sinal que apontava para a cura definitiva que Jesus conquistou para nós.
A cura final e completa que Jesus conquistou para nós aconteceu numa cruz. Na cruz, Jesus sofreu a consequência final do nosso pecado. Ele suportou o castigo cheio de pecado para nós. Ele suportou a ira de Deus em nosso lugar. Ele satisfez o juízo de Deus contra o nosso pecado. Como Deus prometeu por meio do profeta Isaías: Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu. (Is 53.5)
Lembremos sempre do que Jesus nos disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11. 25
 Pastor Marlus Seling