terça-feira, 1 de abril de 2014

Nada era Dele!

Disse o poeta um dia, fazendo referência ao Mestre Amado:
- O berço que Ele usou na estrebaria, por acaso, era Dele? - era emprestado!
- E o manso jumentinho, no qual em Jerusalém chegou montado, recebendo palmas pelo caminho, por acaso, era Dele? - era emprestado!
- E o pão – o suave pão – que foi por seu amor multiplicado, alimentando toda a multidão, por acaso, era Dele? - era emprestado!
- E o famoso barquinho? Aquele barco em que ficou sentado mostrando à multidão qual o caminho, por acaso, era Dele? - era emprestado!
- E a sala em que ceou ao lado dos discípulos, ao lado de Judas que o traiu, de Pedro que o negou, por acaso, era Dele? - era emprestada!
- E o berço tumular, que depois do calvário foi usado, e de onde Ele havia de ressuscitar, por acaso, era Dele? - era emprestado!
Enfim, NADA era dele!
- Mas a coroa que Ele usou na cruz e a cruz que carregou, e onde morreu, essas eram, de fato, de Jesus!”
Isso disse um poeta certo dia, numa hora de busca da verdade.
Mas eu não aceito esta filosofia que contraria a própria realidade.
O berço, o jumentinho e o suave pão, os peixes, o barquinho, a sala e a sepultura - eram Dele, a partir da criação, pois Ele os criou, diz a Escritura...
 Mas a cruz que Ele usou, a cruz rude e mesquinha, onde todos os meus crimes expiou, essa não era Dele.
 Essa cruz era minha e tua!
 Inspirado por Deus, o profeta Isaías escreveu assim: ´´era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando. E nós pensávamos que era por causa das suas próprias culpas que Deus o estava castigando, que Deus o estava maltratando e ferindo. Porém ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados, estava sendo castigado por causa das nossas maldades. Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu. Todos nós éramos como ovelhas que se haviam perdido; cada um de nós seguia o seu próprio caminho. Mas o SENHOR castigou o seu servo; fez com que ele sofresse o castigo que nós merecíamos.´´ (Isaías 53.4-6)
De fato nada era dele, para que tudo fosse nosso!
Porque Deus amou ao mundo tanto, que deu o seu único filho, para que todo aquele que nele crer, não morra, mas tenha a vida eterna. (João 3.16)
Nesta certeza, desejamos a todos: Uma feliz e abençoada páscoa!

Texto retirado e adaptado da revista MENSAGEIRO LUTERANO, ABRIL/2014 - página 34.