A palavra "igreja" vem do vocábulo grego "ekkleesía", que significa uma assembléia convocada para uma finalidade especial, a princípio, política, depois, também religiosa. Assim, a IGREJA CRISTÃ é o conjunto daqueles que foram chamados por Deus e se reúnem por causa de Cristo. É, portanto, a união, a comunhão dos crentes em Cristo, daqueles que, pela fé nele, foram incorporados no reino de Deus, na família de Deus, na igreja de Deus. Deve-se distinguir entre "igreja invisível" (que é exatamente esta comunhão universal acima) e "igreja visível" (que são as organizações humanas).
2. Igreja Luterana - Seu Início: A Reforma!
No dia 31 de outubro comemora-se a Reforma Luterana. Nesta mesma data em 1517, o Dr. Martinho Lutero pregou às portas da Catedral da cidade de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses que marcam o início do movimento do qual nasceu a Igreja Luterana.
Mas não são as teses de Lutero o motivo pelo qual a Reforma é lembrada. Isto se deve porque o movimento da Reforma restabeleceu o conceito bíblico sobre as três colunas básicas do cristianismo, que são: As escrituras, a graça e a fé.
A respeito das escrituras – a Bíblia Sagrada – cremos ser ela a Palavra de Deus em que o próprio Deus nos diz quem ele é, quem somos nós, e tudo quanto ele nos oferece. Por isso reconhecemos a Bíblia como única e suficiente norma de fé e conduta cristã. O apóstolo Paulo fala da Bíblia como sendo “as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”. (2 Timóteo 3.15)
A respeito da graça de Deus, conforme o claro testemunho da Bíblia, cremos que Deus oferece, através de Cristo, o perdão dos pecados e a salvação eterna, sem exigir de nós qualquer pagamento, porquanto Cristo, mediante a sua vida santa e o seu sacrifício expiatório, pagou total e integralmente o preço da redenção de nossas almas. E tendo sido desta forma satisfeita a justiça de Deus. Deus oferece de graça, tanto o perdão total dos nossos pecados, como a salvação eterna a todos os que crêem. O apóstolo Paulo diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3.23 e 24)
A respeito da fé, cremos ser ela a certeza de que tudo quanto a Bíblia diz sobre nós e sobre Deus é verdade. A fé, pois, aceita a graça de Deus, confia no perdão e espera a salvação. A fé é um dom de Deus. O apóstolo Paulo diz: “Justificados mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus cristo. E gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.” (Romanos 5.1 e 2)
A compreensão bíblica dessas três colunas do cristianismo é um dos grandes motivos porque os luteranos comemoram a Reforma. Escrituras, graça e fé são também o fundamento sobre o qual os filhos de Deus edificam suas vidas; são os parâmetros que nos orientam em meio a tantos desvios de conduta que presenciamos diariamente em nossa sociedade. Escrituras, graça de Deus e fé em Deus, são fontes da “esperança da glória de Deus”.
Mas não são as teses de Lutero o motivo pelo qual a Reforma é lembrada. Isto se deve porque o movimento da Reforma restabeleceu o conceito bíblico sobre as três colunas básicas do cristianismo, que são: As escrituras, a graça e a fé.
A respeito das escrituras – a Bíblia Sagrada – cremos ser ela a Palavra de Deus em que o próprio Deus nos diz quem ele é, quem somos nós, e tudo quanto ele nos oferece. Por isso reconhecemos a Bíblia como única e suficiente norma de fé e conduta cristã. O apóstolo Paulo fala da Bíblia como sendo “as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”. (2 Timóteo 3.15)
A respeito da graça de Deus, conforme o claro testemunho da Bíblia, cremos que Deus oferece, através de Cristo, o perdão dos pecados e a salvação eterna, sem exigir de nós qualquer pagamento, porquanto Cristo, mediante a sua vida santa e o seu sacrifício expiatório, pagou total e integralmente o preço da redenção de nossas almas. E tendo sido desta forma satisfeita a justiça de Deus. Deus oferece de graça, tanto o perdão total dos nossos pecados, como a salvação eterna a todos os que crêem. O apóstolo Paulo diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3.23 e 24)
A respeito da fé, cremos ser ela a certeza de que tudo quanto a Bíblia diz sobre nós e sobre Deus é verdade. A fé, pois, aceita a graça de Deus, confia no perdão e espera a salvação. A fé é um dom de Deus. O apóstolo Paulo diz: “Justificados mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus cristo. E gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.” (Romanos 5.1 e 2)
A compreensão bíblica dessas três colunas do cristianismo é um dos grandes motivos porque os luteranos comemoram a Reforma. Escrituras, graça e fé são também o fundamento sobre o qual os filhos de Deus edificam suas vidas; são os parâmetros que nos orientam em meio a tantos desvios de conduta que presenciamos diariamente em nossa sociedade. Escrituras, graça de Deus e fé em Deus, são fontes da “esperança da glória de Deus”.
3. Martinho Lutero, quem foi?
Nascido em Eisleben, Alemanha, a 10 de novembro de 1483, Lutero era filho de camponeses católicos alemães. Como era comum na época, foi alvo de uma disciplina rígida. O menino Lutero aprendeu, entre outras coisas, a orar aos santos, realizar boas obras e reverenciar o papa e a igreja.
Cedo, aos 5 anos, Lutero começou a estudar latim em uma escola local. Já aos 12 anos, foi aluno de uma escola de uma irmandade religiosa em Magdeburgo. Em 1505 recebeu grau de Mestre em Artes da Universidade de Erfurt, e em 1505 e começou a estudar Direito.
Pouco tempo após iniciar seus estudos de Direito, Lutero resolveu tornar-se monge e entrou no Mosteiro Agostiniano de Erfurt. A sua ordenação foi em 1507. Em seguida, deixou o Mosteiro para ensinar filosofia moral na Universidade de Wittenberg.
Continuando seus estudos, Lutero obteve o título de Doutor em Teologia. De 1513 a 1518, ensinou Teologia Bíblica na Universidade de Wittenberg. Nessa época, começou a tornar-se bastante conhecido. Após certa idade, Lutero começou a ser afligido por uma angústia que pode ser sintetizada em uma pergunta: se o coração da pessoa é governado pelo pecado, como pode esperar salvação diante de Deus? Por causa do que havia aprendido, procurou resposta - e paz - através de boas obras, incluindo jejuns e autoflagelação. Contudo, seu sentimento de incapacidade para sentir paz diante de Deus continuou, levando-o às portas do desespero.
A aflição de Lutero somente encontrou resposta no dia em que encontrou na Bíblia a certeza de que não há como alguém merecer o favor de Deus por causa de alguma coisa que faz; que a única forma de alguém obter o favor Deus é através da fé em Jesus Cristo; que é através da fé em Jesus que os pecados são perdoados por Deus. Este entendimento, conhecido como a doutrina da justificação pela fé, tornou-se um dos pilares do pensamento religioso de Lutero.
A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham necessidade para serem salvas. Por isso, o "mérito extra" dessas pessoas poderia ser transferido - especialmente através de pagamento - para pessoas cuja salvação era duvidosa. Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência. Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou uma série de críticas - que se tornaram conhecidas como 95 Teses - na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. As Teses eram um protesto contra o abuso da autoridade do Papa, especialmente no sentido de desafiar o Papa a esvaziar de graça o purgatório, já que diz controlá-lo. Lutero também negou o ensino do "mérito extra" que estava por trás das indulgências. Segundo Lutero, o verdadeiro tesouro da Igreja é o Evangelho - a proclamação do amor de Deus. A Igreja Romana ordenou que Lutero se apresentasse em Roma para responder às acusações de heresia. Sabendo do caso, o Príncipe da Saxônia, Frederico o Sábio, interveio e insistiu que a audiência de Lutero fosse realizada em solo alemão. Como resultado, uma Dieta Imperial foi realizada na cidade de Augsburgo, em 1518. Lutero se recusou a mudar de opinião. Temendo ser preso, fugiu de Augsburgo. As idéias de Lutero logo encontraram adeptos em todas as regiões da Alemanha, e mesmo fora dela. A resposta do Papa à situação foi uma bula (ordem papal), ameaçando Lutero de excomunhão, caso não se retratasse. Em protesto, ele queimou publicamente a Bula e foi excomungado em janeiro de 1521. Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e abrigaram onze órfãos. Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja. Parte de suas obras estão publicadas em diversas línguas modernas.
Lutero faleceu de derrame cerebral em 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal, Eisleben. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde, cerca de 30 anos antes, havia afixado suas 95 Teses.
Cedo, aos 5 anos, Lutero começou a estudar latim em uma escola local. Já aos 12 anos, foi aluno de uma escola de uma irmandade religiosa em Magdeburgo. Em 1505 recebeu grau de Mestre em Artes da Universidade de Erfurt, e em 1505 e começou a estudar Direito.
Pouco tempo após iniciar seus estudos de Direito, Lutero resolveu tornar-se monge e entrou no Mosteiro Agostiniano de Erfurt. A sua ordenação foi em 1507. Em seguida, deixou o Mosteiro para ensinar filosofia moral na Universidade de Wittenberg.
Continuando seus estudos, Lutero obteve o título de Doutor em Teologia. De 1513 a 1518, ensinou Teologia Bíblica na Universidade de Wittenberg. Nessa época, começou a tornar-se bastante conhecido. Após certa idade, Lutero começou a ser afligido por uma angústia que pode ser sintetizada em uma pergunta: se o coração da pessoa é governado pelo pecado, como pode esperar salvação diante de Deus? Por causa do que havia aprendido, procurou resposta - e paz - através de boas obras, incluindo jejuns e autoflagelação. Contudo, seu sentimento de incapacidade para sentir paz diante de Deus continuou, levando-o às portas do desespero.
A aflição de Lutero somente encontrou resposta no dia em que encontrou na Bíblia a certeza de que não há como alguém merecer o favor de Deus por causa de alguma coisa que faz; que a única forma de alguém obter o favor Deus é através da fé em Jesus Cristo; que é através da fé em Jesus que os pecados são perdoados por Deus. Este entendimento, conhecido como a doutrina da justificação pela fé, tornou-se um dos pilares do pensamento religioso de Lutero.
A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham necessidade para serem salvas. Por isso, o "mérito extra" dessas pessoas poderia ser transferido - especialmente através de pagamento - para pessoas cuja salvação era duvidosa. Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência. Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou uma série de críticas - que se tornaram conhecidas como 95 Teses - na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. As Teses eram um protesto contra o abuso da autoridade do Papa, especialmente no sentido de desafiar o Papa a esvaziar de graça o purgatório, já que diz controlá-lo. Lutero também negou o ensino do "mérito extra" que estava por trás das indulgências. Segundo Lutero, o verdadeiro tesouro da Igreja é o Evangelho - a proclamação do amor de Deus. A Igreja Romana ordenou que Lutero se apresentasse em Roma para responder às acusações de heresia. Sabendo do caso, o Príncipe da Saxônia, Frederico o Sábio, interveio e insistiu que a audiência de Lutero fosse realizada em solo alemão. Como resultado, uma Dieta Imperial foi realizada na cidade de Augsburgo, em 1518. Lutero se recusou a mudar de opinião. Temendo ser preso, fugiu de Augsburgo. As idéias de Lutero logo encontraram adeptos em todas as regiões da Alemanha, e mesmo fora dela. A resposta do Papa à situação foi uma bula (ordem papal), ameaçando Lutero de excomunhão, caso não se retratasse. Em protesto, ele queimou publicamente a Bula e foi excomungado em janeiro de 1521. Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e abrigaram onze órfãos. Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja. Parte de suas obras estão publicadas em diversas línguas modernas.
Lutero faleceu de derrame cerebral em 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal, Eisleben. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde, cerca de 30 anos antes, havia afixado suas 95 Teses.
A Igreja Luterana sua história!
Nunca foi intenção de Lutero fundar uma nova igreja. Seu estudo da Bíblia o convenceu de que muita coisa ensinada pela igreja do seu tempo era de invenção humana. Lutero desejava que a igreja parasse de ensinar esses erros e retornasse à doutrina pura, conforme ensinada por Cristo e seus apóstolos. Mas os líderes da igreja achavam que ela nunca poderia errar. Por conseguinte, concluímos que Lutero devia ser um falso mestre e não lhe deram ouvidos. Seus inimigos espalharam mentiras acerca dele, o papa o excomungou, e pelo Edito de Worms, o Santo Imperador Romano o declarou proscrito. Ainda que não desejasse que as coisas fossem assim, Lutero estava agora fora da igreja de Roma. Muita gente cria que Deus tinha falado poderosamente através de Martinho Lutero. Eles se arriscavam a receber castigos por lerem seus escritos e ouvirem seus sermões. Grande parte da Alemanha setentrional queria que ele se tornasse seu líder. O senso de dever e a devoção de Lutero às verdades da palavra de Deus não permitiriam que ele fizesse pouco caso das necessidades desse povo, permitindo que voltassem aos seus velhos modos de adoração. Uma nova comunidade religiosa teria de ser erigida. A despeito das objeções de Lutero, o povo passou a chamá-la de "Igreja Luterana".
A pedra angular desta nova igreja era a Bíblia. A Caetano, Miltitz e Eck, Lutero havia dito: "Convençam-me com base na Escritura". Na Dieta de Worms, ele permaneceu firme, declarando: "Minha consciência está cativa à palavra de Deus". Para Lutero, então, a palavra de Deus era a mais alta autoridade - superior aos decretos dos papas ou dos concílios, superior à tradição ou aos escritos dos pais eclesiásticos. Além disso, Lutero acreditava que Deus pode e fala diretamente ao coração do homem através das Escrituras. Se a igreja cristã está alicerçada na palavra de Deus, que opera nos corações e nas vidas dos homens - pensou Lutero - o povo precisa de Bíblias em sua própria língua. Já vimos como ele traduziu o Novo Testamento para o alemão enquanto estava no castelo de Wartburgo, em 1521. Com a ajuda de eruditos em hebraico da Universidade de Wittenberg, ele completou a tradução do Antigo Testamento em 1534. Ainda que o preço da Bíblia alemã de Lutero, completa, fosse o equivalente a 20 dólares (atualmente), a procura por parte do povo era imensa. Foram vendidas mais de um milhão de cópias nos 12 anos seguintes.
Em 1528, Lutero visitou o número crescente de igrejas luteranas na Saxônia. Ali descobriu que as coisas não estavam indo muito bem. Por toda parte havia formas diferentes de culto e prática eclesiástica. Muita gente, inclusive muitos pastores, conhecia pouquíssimo de doutrina cristã. Alguns nem mesmo eram capazes de orar o Pai Nosso ou recitar os Dez Mandamentos. Como orientação, estas igrejas novas necessitavam de uma declaração simples e clara daquilo em que criam. Lutero preencheu esta necessidade em 1529, escrevendo dois catecismos. Ele escreveu o Catecismo Maior para pastores e pessoas adultas. Os pastores liam partes deles às suas congregações e o empregavam no preparo de sermões. Lutero escreveu também o Catecismo Menor, especialmente para as crianças. Nele, Lutero procurou explicar as seis "partes principais" da doutrina cristã numa linguagem simples e clara. Nisso ele foi extremamente bem sucedido. Por exemplo, é difícil encontrar-se uma confissão de fé mais bela do que a sua explanação do Segundo Artigo do Credo Apostólico: Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade, e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor, pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com o seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança, assim como ele ressuscitou dos mortos, vive e reina eternamente. Isto é certamente verdade.
A pedra angular desta nova igreja era a Bíblia. A Caetano, Miltitz e Eck, Lutero havia dito: "Convençam-me com base na Escritura". Na Dieta de Worms, ele permaneceu firme, declarando: "Minha consciência está cativa à palavra de Deus". Para Lutero, então, a palavra de Deus era a mais alta autoridade - superior aos decretos dos papas ou dos concílios, superior à tradição ou aos escritos dos pais eclesiásticos. Além disso, Lutero acreditava que Deus pode e fala diretamente ao coração do homem através das Escrituras. Se a igreja cristã está alicerçada na palavra de Deus, que opera nos corações e nas vidas dos homens - pensou Lutero - o povo precisa de Bíblias em sua própria língua. Já vimos como ele traduziu o Novo Testamento para o alemão enquanto estava no castelo de Wartburgo, em 1521. Com a ajuda de eruditos em hebraico da Universidade de Wittenberg, ele completou a tradução do Antigo Testamento em 1534. Ainda que o preço da Bíblia alemã de Lutero, completa, fosse o equivalente a 20 dólares (atualmente), a procura por parte do povo era imensa. Foram vendidas mais de um milhão de cópias nos 12 anos seguintes.
Em 1528, Lutero visitou o número crescente de igrejas luteranas na Saxônia. Ali descobriu que as coisas não estavam indo muito bem. Por toda parte havia formas diferentes de culto e prática eclesiástica. Muita gente, inclusive muitos pastores, conhecia pouquíssimo de doutrina cristã. Alguns nem mesmo eram capazes de orar o Pai Nosso ou recitar os Dez Mandamentos. Como orientação, estas igrejas novas necessitavam de uma declaração simples e clara daquilo em que criam. Lutero preencheu esta necessidade em 1529, escrevendo dois catecismos. Ele escreveu o Catecismo Maior para pastores e pessoas adultas. Os pastores liam partes deles às suas congregações e o empregavam no preparo de sermões. Lutero escreveu também o Catecismo Menor, especialmente para as crianças. Nele, Lutero procurou explicar as seis "partes principais" da doutrina cristã numa linguagem simples e clara. Nisso ele foi extremamente bem sucedido. Por exemplo, é difícil encontrar-se uma confissão de fé mais bela do que a sua explanação do Segundo Artigo do Credo Apostólico: Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade, e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor, pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com o seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança, assim como ele ressuscitou dos mortos, vive e reina eternamente. Isto é certamente verdade.
A missa tinha de sofrer algumas modificações a fim de adaptar-se ao novo ensino. Na ceia do Senhor, o povo estava novamente recebendo o pão e o vinho como se fazia na igreja primitiva. Uma vez que a Bíblia ensina que todo crente é um sacerdote, foi dada ao povo uma participação mais ativa no culto. Antes disso, o povo apenas assistia a cerimônia e ouvia o sacerdote e os santos corais. O latim foi substituído pelo alemão no culto. O canto era uma maneira de encorajar o povo para uma participação mais ativa. Em 1524 veio à luz o primeiro hinário alemão composto por Lutero. O próprio Lutero escreveu músicas e letras de alguns hinos. Outros eram baseados em antigos hinos latinos. Lutero dizia que a música é a Segunda coisa mais importante depois do estudo da palavra de Deus. A igreja luterana tornou-se conhecida como a "igreja que canta", e muita gente filiou-se a ela atraída pela sua música. Dois dos mais conhecidos hinos de Lutero são "Castelo forte é o nosso Deus" e "Eu venho desde os altos céus", números 114 e 34 do nosso hinário.
Para Lutero, a pregação era o ponto central do culto. Ele mesmo era um grande pregador. "Todo aquele que o escuta uma vez, deseja escutá-lo repetidas vezes", escreveu certo jovem, depois de ouvir um dos sermões de Lutero. Lutero foi também um pioneiro no terreno da educação. Ele viu que, se a igreja quisesse continuar crescendo, mais e melhores escolas eram necessárias. Ele instava com os pais para que enviassem seus filhos, meninos e meninas, à escola. Poderiam nelas ser treinados a serem homens tementes a Deus, membros fiéis da igreja e bons cidadãos. Lutero via a escola como companheira da igreja no ensino da palavra de Deus. Para o cristão luterano, havia agora um modo de vida completamente novo. A vida de monge ou de monja não era mais considerada como a mais agradável a Deus. O labor honesto de qualquer cristão era sagrado porque Deus o abençoava. As boas obras não eram mas feitas para ganhar o favor de Deus. Deus concede a sua graça livremente, e o crente faz boas obras porque é uma nova criatura em Cristo, é alguém que ama a Deus e deseja agradá-lo. O mosteiro não era mais o lugar de aprendizado para o viver cristão. O lar cristão tomou o seu lugar. Deus certamente habitava num lar onde a leitura e a instrução bíblica, o louvor e a oração eram praticados.
Para Lutero, a pregação era o ponto central do culto. Ele mesmo era um grande pregador. "Todo aquele que o escuta uma vez, deseja escutá-lo repetidas vezes", escreveu certo jovem, depois de ouvir um dos sermões de Lutero. Lutero foi também um pioneiro no terreno da educação. Ele viu que, se a igreja quisesse continuar crescendo, mais e melhores escolas eram necessárias. Ele instava com os pais para que enviassem seus filhos, meninos e meninas, à escola. Poderiam nelas ser treinados a serem homens tementes a Deus, membros fiéis da igreja e bons cidadãos. Lutero via a escola como companheira da igreja no ensino da palavra de Deus. Para o cristão luterano, havia agora um modo de vida completamente novo. A vida de monge ou de monja não era mais considerada como a mais agradável a Deus. O labor honesto de qualquer cristão era sagrado porque Deus o abençoava. As boas obras não eram mas feitas para ganhar o favor de Deus. Deus concede a sua graça livremente, e o crente faz boas obras porque é uma nova criatura em Cristo, é alguém que ama a Deus e deseja agradá-lo. O mosteiro não era mais o lugar de aprendizado para o viver cristão. O lar cristão tomou o seu lugar. Deus certamente habitava num lar onde a leitura e a instrução bíblica, o louvor e a oração eram praticados.
Por Pastor Marlus Seling
Fontes: www.ielb.org.br Site Oficial da Igreja Luterana. E www.horaluterana.org.br Site da CPTN.
Conheça mais assistindo o vídeo institucional da IELB