Qual foi o maior naufrágio da história?
Imagino que o primeiro nome que nos vem à mente é o do Titanic, transatlântico que há 100 anos, na noite de 14 para 15 de abril de 1912, afundou nas águas geladas do Atlântico, tirando a vida de 1500 pessoas.
Mas o Titanic não foi o maior, nem o segundo maior. Não está sequer entre os 5 primeiros.
O maior naufrágio da história, em termos de numero de vitimas, foi o do navio Wilhelm Gustloff, no dia 30 de janeiro de 1945. Cerca de 10.500 civis, a maioria mulheres e crianças, fugiam da crueldade e voracidade do exercito russo que adentrava a Polônia e Alemanha. Foi atingido por três disparos de um submarino soviético e naufragou, tirando a vida de 9.500 pessoas.
Isto me lembrou de que nem sempre aquilo que recebe mais propaganda é, de fato, o maior ou mais grave.
E nem sempre é aquilo a que é dado maior atenção é o que realmente importa.
Às vezes os olhares se fixam em determinados problemas, como se fossem os maiores e únicos da sociedade. Enquanto outras questões mais graves ficam sob a superfície, esperando serem abordadas.
Isto também acontece com as coisas boas. Parece que o grande motivo de alegria é ganhar um aumento, ver o time ser campeão, aparecer na TV, ganhar um carro... Mas há coisas maiores e mais importantes. Um casal que se reconcilia, um filho que volta para seu pai ou sua mãe. Uma criança que é salva do aborto. Uma contribuição única no trabalho. Uma hora bem empregada de atenção e cuidado com quem amamos. Aquelas coisas que dificilmente ganham a primeira página...
Com a maior de todas as alegrias, isto acontece o tempo todo. Jesus entrega sua vida por toda humanidade - por sinal, numa grande tragédia, a da cruz. Mas frequentemente esta noticia fica no rodapé da pagina, enquanto quem ganha as letras gigantes são alegrias fugazes, frágeis, superficiais.
Mesmo assim, ela permanece como a maior de todas. Completa. Ao alcance. E, se os navios afundam quando têm seus cascos perfurados, nossa vida é diferente. Quando torpedos nos acertam, quando batemos e o coração começa a fazer água, não é preciso concluir que o naufrágio será certo. Cristo nos perdoa, restaura, e nos mantém na superfície, nos permitindo continuarmos a navegar na paz e certeza de seu amor.
Para podermos sempre dar atenção ao que realmente importa
Escrito pelo Pastor Lucas Albrecht
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