O final de semana na maioria das vezes é
bastante esperado pelas pessoas. E domingo então é um dia especial. É o dia de
descanso em que não trabalhamos. Mas segundo a Palavra de Deus, também é dia
para santificar. O Terceiro Mandamento ordena: “Santificarás o dia do
descanso.” Santificar não é tirar o
tempo de descanso simplesmente para espreguiçar-se, deliciar-se com um belo
almoço, praticar esportes ou outras diversões.
No Primeiro Mandamento está ordenado como nosso
coração deve se relacionar com Deus. No
Segundo Mandamento, como a boca o deve fazer com palavras. No Terceiro
Mandamento, Deus nos ensina como agir e demonstrar a nossa fé Nele. E o que está claro é que santificar,
significa: Participar do culto, orar, louvar, testemunhar, viver a nossa fé de
maneira intensa.
Há pessoas que simplesmente não vem ao culto.
Outras vem, mas simplesmente veem o culto com os olhos, ouvem a mensagem com os
ouvidos e falam as orações com a boca (Mt 15.8); e o fazem na esperança do
“dever cumprido”. Isto também não é santificar o dia do descanso. Lutero
explica que três grandes forças podem nos atrapalhar a santificação: A nossa
carne, o mundo e o mau espírito (Gl 5.17). Nossa carne procura sossego e
prazer. O mundo nos oferece riqueza poder e honra. O mau espírito procura
soberba, glória e menosprezo ao próximo
(Lc 18.11).
Para “santificar” é importante, pela fé, a presença
e participação de nosso coração nesta obra cristã. Não é um simples ritual a
ser cumprido. É de fato um encontro especial com Deus. Com fé o coração fica
contente e em paz, a carne é dominada, desligamos o mundo e adoramos a Deus em
espírito e verdade (Jo 4.24).
Santificar a Deus no descanso é algo muito
especial. Por isso quando vamos ao culto, vestimos nossa melhor roupa, pois ao
participar do culto estaremos na presença de Deus, aquele que vem em primeiro
lugar em nossa vida. Não precisa ser uma roupa cara, comprada em loja de grife.
Ela pode ser simples, mas desde que seja descente, que não venha a escandalizar
os irmãos, convidar para a imoralidade ou induzir alguém ao pecado. A roupa do culto sempre indica que aquele é
um momento importante e solene em minha vida. Por isso não escolho qualquer
peça; mas escolho aquela que seja condizente com o momento de estar ‘‘na casa
do Senhor’’.
É Importante também lembrar que no culto recebemos
e vestimos outra roupa; mais linda e mais cara que qualquer grife famosa – e
que não estraga. Não para o corpo, mas
para alma. Arrependidos dos nossos
pecados, recebemos o perdão de Deus e é neste momento que, sempre de novo, somos
“revestidos com a roupa da salvação e a capa da vitória. Somos como o noivo que
põe um turbante de festa na cabeça, como noiva enfeitada com jóias.” (Is
61.10).
Segundo o
Apocalipse, somos produzidos por Deus como quem vai a uma festa de casamento:
“Chegou a hora da festa de casamento do Cordeiro, e a noiva (igreja, nós) já se
preparou. Ela recebeu linho finíssimo, linho brilhante e puro para se vestir”
(Ap 19.3). Que roupa maravilhosa Jesus colocou em nós! É por isso que santificar a Deus é algo muito
especial para nós.
Quando voltamos do culto, trocamos de roupa, pois a
guardamos para o próximo culto. Mas a outra roupa, a espiritual, o manto da
salvação, linho finíssimo da justiça divina, que Jesus presenteou para nós,
esta nós jamais deveríamos tirar, trocar, substituir ou guardar, pois com ela
teremos acesso à “grande festa de casamento do Cordeiro”.
Aproveite o seu descanso para santificar a
Deus, lembrando sempre que o dia de
culto é muito especial. Isto é agradável ao Senhor. O culto é a
manifestação viva da nossa comunhão com Jesus, que é o Senhor da nossa vida. É a
confirmação desta palavra em nossa vida: “felizes os que foram convidados para
a festa de casamento do Cordeiro” (Ap 19.9).
Pastor
Erno Kufeld – adpt. Pr. Guido Goerl
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