Queridos Jelbianos,
Quero com este texto, comentar um pouco da minha opinião sobre as atuais manifestações reivindicando direitos que o povo tem.
Vou tentar expressar um pouco de como enxergo, como Cristão, o atual momento em que vivemos e como tento me comportar nessas situações. Talvez não concordem com o que colocarei, mas espero que, a partir deste texto, possamos construir um saudável debate.
Não poderia começar a falar deste assunto sem realizar duas citações:
CF: Art 5
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
e
Mt 3. 13-15 :
"Vocês são o sal para a humanidade; mas, se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam. Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos os que estão na casa. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu."
O nosso país, em praticamente todos os estados, vem passando um processo de despertamento por parte da sociedade civil. As hastag #oPovoAcordou usadas nas redes sociais resumem esta situação. Diversos são os manifestos que arrastaram uma população cansada de ficar calada e passiva à diversas incongruências na forma que nossos representantes legais conduziam o(a) nação. Sim, de uma forma geral, acredito que saímos de um "coma". Não foi apenas por 20 centavos, muito menos pelos "vinténs" conforme comentário do Jornalista Arnaldo Jabor. Saímos para protestar os nossos direitos como cidadão. Saímos para protestar contra (a) impunidade. Saímos para protestar contra a imoralidade pública. Saímos para protestar contra a opressão.
A sociedade Brasileira, numa manifestação apartidária (*), tem ido às ruas protestar pelo que é de direito: saúde, educação, transporte público de qualidade, fim da corrupção; punição para os condenados de corrupção; (não) utilização de milhões do dinheiro do povo para eventos esportivos que não venham trazer benefícios duradouros para o país; mobilidade urbana e diversos outros pontos.
(*) Quando digo que os manifestos são apartidários, não estou dizendo que não existem partidos participantes. Em diversas fotos publicadas na mídia, vemos bandeiras recorrentes em manifestações (PSOL, PSTU, UJR, UNE, PCR, Juventude PSDB e etc..). Porém, esta onda de manifestações que ocorrem estão sendo encabeçadas pelo povo. Diversas vezes ecoam pela massa os gritos "sem partido... sem partido". Então, vejo que são manifestações apartidárias nas quais todos os segmentos de partidos estão inseridas com objetivo (penso eu) de somar ao protesto.
Trazendo um pouco para a minha vida, posso dizer que eu sou daqueles brasileiros que, ao cantar o hino nacional, o coração aperta e, as vezes, lágrimas escorrem. Porém, fui passivo nesses anos em que permaneci calado e não usei a minha principal arma (o voto) para mudar a situação. Assumo que errei por diversas vezes. Porém, nunca perdi o sonho, que parece ser utópico, de um país sem desigualdade social. Diante das manifestações geradas pelo "estopim" dos 20 centavos, senti a necessidade de, como cidadão, contribuir na luta por uma sociedade mais justa, na luta por um estado mais justo, principalmente para os mais oprimidos.
Porém, fui levado a pensar: "Eu devo ir? O que Deus acha?". Pensei em algumas figuras histórias:
- Bonhoeffer, um pastor luterano alemão, levantou-se contra o regime Nazista.
- D. Pedro I proclamou a Independência e lembramos deste ato todo 7 de setembro.
- Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República.
- E talvez seus pais se manifestaram contra a Ditadura e lutaram pelas Diretas Já.
- D. Pedro I proclamou a Independência e lembramos deste ato todo 7 de setembro.
- Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República.
- E talvez seus pais se manifestaram contra a Ditadura e lutaram pelas Diretas Já.
Percebi que não existe erro nenhum em lutar PACIFICAMENTE pelos direitos do povo. Principalmente, protestar contra a corrupção e em busca dos nossos direitos.
Porém, vemos que existem grupos inseridos nas manifestações que só querem desordem. Eles querem se aproveitar da atual situação para trazer o caos à cidade. São pessoas que não respeitam/zelam o PRÓPRIO patrimônio. Sim, o patrimônio público é meu... é seu.
Infelizmente esses "manifestantes" NÃO representam a manifestação. Não representam a maioria do povo que está protestando e não devemos desmerecer o objetivo das manifestações.
Então, me pergunte novamente: eu devo ir (*)?
(*) Quero que minha resposta não influencie a sua. Porém quero que a partir dos pontos levantados, você faça sua reflexão.
- Minha família concorda com a minha ida?
- Vou ter amigos lá para ficarem junto comigo?
- Tenho meio de transporte para ir com segurança e voltar com segurança?
- Tenho saúde para suportar 4 horas no meio de uma grande multidão?
- As manifestações são pacíficas para aqueles que querem a paz.
- Vou ter amigos lá para ficarem junto comigo?
- Tenho meio de transporte para ir com segurança e voltar com segurança?
- Tenho saúde para suportar 4 horas no meio de uma grande multidão?
- As manifestações são pacíficas para aqueles que querem a paz.
as respostas foram sim.
Orei a Deus e pedi a orientação dEle. Lembrei das palavras "Vocês são sal e luz para a humanidade".
Sim, neste momento de manifestação pública, quero ser sal... quero ser luz.
Minhas atitudes devem testemunhar que sou sal e que sou luz. Portanto, ficarei longe de qualquer indicio de confusão e estarei sempre junto com meus amigos e colegas de trabalhos, onde cada um irá cuidar de cada um. Gritarei a minha indignação à toda imoralidade existente na sociedade e lutarei pacificamente por uma nação mais justa. Irei representar aqueles que não podem ir e que são oprimidos por um sistema de altas cargas tributárias que não traz benefício reais à população.
Acredito que esta seja mais uma forma de amar ao próximo. Ao próximo impossibilitado de lutar pelos seus direitos. Ao próximo que se "acostumou" a ter seus direitos privados.
Bem, no dia 20 de junho, irá ocorrer uma manifestação nacional onde todas as capitais, diversas cidades do interior e vários países, irão gritar em uma só voz que os brasileiros querem o fim da corrupção e uma sociedade mais justa. Vou levar meus cartazes e darei minha contribuição a este movimento histórico da geração 2000´s.
Sim, não irei sozinho. Irei priorizar minha segurança.
Lembre-se que esta manifestação é apenas um inicio para que, em 2014, possamos realizar a maior manifestação através da nossa arma civil mais poderosa: o voto.
ps: Agora lembre... Se você fura fila; Se você suborna o policial da blitz; se você pede desconto dizendo "não precisa emitir a nota fiscal"; você não difere dos políticos corruptos. Eles são um reflexo da sociedade.
Se você quer lutar contra a corrupção, comece por você e pelas suas atitudes!
Orem pelo futuro da nossa nação e pela paz em todos os manifestos. Que Deus nos abençoe e nos guarde!
#vemparaRUA#oGIGANTEacordou#verásqueumFILHOteuNÃOfogeAluta
Lucas Albuquerque
Presidente - Juventude Evangélica Luterana do Brasil - JELB
Presidente - Juventude Evangélica Luterana do Brasil - JELB
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