Muitas são
as histórias que giram em torno do Reformador Martinho Lutero. Uma delas tenta
retratar o momento em que Lutero redescobre a verdade bíblica, maravilhosa de
que nós somos salvos unicamente por um favor que vem do amor e da misericórdia
de Deus.
Conta-se
que em seus primeiros anos como professor, o Dr. Martinho Lutero ministrou
lições no Genesis, nos Salmos, em Romanos, Gálatas e Hebreus. Ele passava
muitas horas estudando as Escrituras a fim de preparar-se para as suas
preleções.
Em muitas noites quando todos já tinham ido dormir uma
luz ainda brilhava no Gabinete de Lutero, que ficava no alto da torre. – Numa
dessas noites em 1514, fez uma grande descoberta. Estava trabalhando em suas
anotações no livro de Salmos. O Salmista tinha proferido as Palavras de Jesus
sobre a cruz: “Deus meu, Deus meu porque me abandonaste?” - Lutero estava
intrigado. Porque haveria de o Santo Filho de Deus sentir-se abandonado pelo
Pai? É verdade, Lutero já tinha se sentido assim muitas e muitas vezes, mas ele
sabia que era pecador, mas Jesus era puro e sem pecado. A única resposta é que
Jesus tomou sobre si os nossos pecados. Certamente o Deus que fez isso por nós
é um Deus misericordioso. – No entanto, Deus não é apenas misericordioso; ele é
também santo e justo.
Quantas vezes já tinha se deparado com as Palavras
Justiça de Deus. Para ele isso significava que Deus demonstra a sua justiça e
retidão punindo o pecador. Por conseguinte tais palavras eram para ele motivo
de temor. – Considerando que o apóstolo Paulo muitas vezes mencionava o termo
justiça de Deus! Lutero voltou-se para as suas cartas para tentar entender
melhor esse termo. Em Rm 1.17 ele leu:
“Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, de fé em fé, como está
escrito: O justo viverá por fé.” –
Para Lutero não era nada fácil esquecer o que tinha aprendido e o que tinham
inculcado em sua cabeça desde que era pequeno. Finalmente pode entender o real
significado do termo justiça de Deus, não significava a bondade que o próprio
Deus tem, mas sim a bondade que ele nos outorga. Essa justiça não é recompensa
por qualquer boa obra que a pessoa possa ter praticado. É um presente gratuito
de Deus dado a todo aquele que crê que Jesus sofreu e morreu pelos seus pecados
e em seu lugar.
Essa é a notícia maravilhosa do amor de Deus por nós,
somos salvos porque tudo o que tinha que ser feito pelo perdão de nossos
pecados foi feito por Jesus.
Rev. Rubens
José Ogg – Secretário da IELB
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